Resenha "Segundo Eu Me Chamo Antônio" Editora Intrínseca

O segundo livro do autor Pedro Gabriel, que ganhou fama ao escrever e desenhar em guardanapos pelos bares do Rio, é tão bom quanto o primeiro. 
Após o belo trabalho de ilustração no primeiro livro, o segundo vem com muito capricho e beleza. Mais elaborado e maduro que o primeiro,  o autor traz também prosas poéticas, faz do jogo de palavras algo muito natural, onde expõe seus pensamentos e reflexões, nos fazendo refletir junto, em cada trocadilho bem elaborado. 

A forma que o autor brinca com as palavras e assim vai compondo suas poesias é muito cativante. O livro pode ser lido sequenciado ou de forma aleatória. 
A criatividade presente no livro cativa, inclusive quem não gosta de poesia clássica. Falando sobre amor, a si, aos outros e à vida; sobre decisões, escolhas e suas consequências.  A grafia por vezes mais artística do que legível, faz o autor adicionar ao final do livro uma lista sumária de fácil compreensão. 
Algumas frases especiais do livro:

"A dor é sempre uma cicatriz coadjuvante das nossas escolhas. "

"O silêncio só é mudo da boca pra fora."

"Ainda é medo para dizer que já é tarde."

"Gosto de chuva. Dias cinzas, dias vãos."

"Acorda: A corda sempre arrebenta do lado de quem sonha."

"E eu fiquei a ver vazios."

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