Resenha -"Alice no País das Maravilhas" Editora Zahar

No clássico da literatura inglesa, "Alice no País das Maravilhas", uma menininha cai na toca do coelho e com isso vai parar em um lugar cheio de criaturas peculiares. A obra mundialmente conhecida, está entre as uma das mais adaptadas no cinema e teatro. Comprei meu exemplar de Alice na Bienal e quando comecei a ler me senti de volta a infância, rememorando uma história tão presente e familiar.


Alice quando cai na toca se vê cercada de situações e personagens inusitados e estranhos. A menina muito esperta para sua idade, diversas vezes contraria aquelas criaturas e se vê em um lugar totalmente distinto do que está habituada. Os personagens da história são muito marcantes, como a rainha de Copas e o Chapeleiro Maluco, e todos acabam sendo de um modo ou de outro bem divertidos.

O autor usa da lógica e falta dela nesse mundo mágico de faz de conta para questionar e até desconstruir nossa lógica cotidiana. Um exemplo disso é o crescimento e encolhimento constante de Alice durante todo o livro, isso pode ser sem dúvida uma metáfora para a criança que é introduzida no mundo dos adultos; quanto para como somos introduzidos em alguma cultura sem ter conhecimento de suas tradições e sem saber estamos fazendo algo desrespeitoso, como a própria Alice em diversos momentos da história. 

Alice começa o livro muito perdida e ao seu final já está mais segura e madura, enfrentando seus medos e toda a realidade que se abre para ela. 

As lições desse clássico são sem dúvida valiosas, como devemos entender que toda lógica, por mais consistente que ela seja, pode em algum momento ser questionada, que algumas pessoas, não se adaptam as regras da sociedade, que somos diferentes e temos que respeitar essas diferenças sempre. A história é curta e muito cativante, livro infantil que todo adulto merece ler.

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