Resenha "Razão e Sensibilidade" Editora Martins Claret

Jane Austen se tornou uma das autoras queridinhas para mim após me apaixonar por Orgulho e Preconceito, ler seus clássicos romances de época é sem dúvida um presente para os apaixonados pelo gênero. Razão e Sensibilidade foi seu primeiro livro publicado, em 1811.

A história gira em torno das irmãs Elinor e Marianne Dashwood. Após a morte do pai das moças, elas, a mãe e a irmã caçula perdem a casa em que moravam para o irmão mais velho, fruto do primeiro casamento do pai, que por ser o único filho homem, é o herdeiro direto. Perdendo não apenas a casa, mas também o status e posição social; elas mudam-se para um modesto chalé em Barton Park, onde são bem recebidas pela vizinhança e despertam o desejo dos rapazes das redondezas.

Elionor tem sentimentos por Edward Ferrars, o irmão da cunhada, mas não crê que seja reciproco, pensa que ele lhe vê como uma amiga, e para piorar a cunhada, nada amistosa com ela e sua família, não faria gosto com a união. A moça é uma pessoa racional e reservada, muito diferente de sua irmã, Marianne, que é passional e impulsiva.

O Coronel Brandon encanta-se por Mariane, mas a moça acredita ser muito jovem para ele, que tem 35 anos, e acaba se apaixonando por Willoughty, que passa a encontrá-la sempre durante suas caminhas e a frequentar sua casa.

O ponto forte do livro se dá na diferença entre as duas irmãs, Elinor é a sensatez, a razão, o juízo, não pensa com o coração e resolve o que tiver que ser resolvido; já a irmã, Marianne, é um ser em ebulição, totalmente entregue de corpo e alma, não racionaliza, sonhadora e sensível. Elas são parceiras mesmo sendo tão distintas, juntas passam por situações inesperadas e um final surpreendente.

A trama faz críticas a sociedade da época, mostra suas hipocrisias e costumes. Numa história bem estruturada, cheia de amores, desilusões, amizades, mentiras e intrigas, a autora encanta mesmo depois de duzentos anos.

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